domingo, 25 de julho de 2010

Diminuindo o consumo de sacolas de plástico

Atualmente estamos vendo varias noticias em relação a “guerra” entra fabricantes de sacolas plásticas e sua cadeia produtiva e alguns governos. Isso devido a recente proibição do uso de sacolas ou a obrigatoriedade de cobrança pelo uso de sacolas em alguns estados do Brasil. É claro que cada parte tem seus argumentos e que não é uma decisão tão simples (abaixo algumas reportagens a favor e contra a restrição as sacolas plásticas), mas em minha opnião, apesar de não ser o caminho ideal, é o único caminho que restou a ser seguido.

De uma forma ou outra as pessoas tem que mudar esse habito, e o forma mais rápido de isso acontecer, no momento, é através do uso da lei, obrigando assim as pessoas a mudarem seus hábitos.

Como citado em uma das reportagens abaixo, grande parte dessas sacolas é usada como saco de lixo pelos consumidores, mas essa não é a melhor opção para o descarte do lixo domestico, e só é usado porque os consumidores possuem as sacolas em casa e não tem o que fazer com elas. A partir do momento que os consumidores tiverem de pagar por essas sacolas outras formas de descarte do lixo (aqui entra o governo novamente para mostrar a população como fazer esse descarte corretamente) serão desenvolvidas.

Para os estados e cidades que ainda não possuem algum tipo de lei em relação ao uso das sacolas de plástico, fiz algumas contas com informações do setor que encontrei na internet e com um amigo que possui uma rede de supermercados na periferia de São Paulo e região. Os números não estão exatos e muito foi feito por visões que eu tenho de serem opções para mudar a atitude das pessoas em relação às sacolinhas, não pesquisei sobre a viabilidade dessa alternativa, mas acredito ser uma boa idéia para os supermercados desenvolverem.



1 - Numero médio de clientes/dia = 2.850 pessoas
Gasto do supermercado por sacola = R$ 0,03 centavos
Média de sacolas por cliente = 3

2 – Imaginando que com a ação 30% dos clientes deixaram de usar sacolas = 853 clientes/dia
Economia do supermercado com as sacolas que não serão usadas = R$ 76,76/dia
Cortesia do supermercado para sorteio = R$ 59,70/dia
Economia mensal do supermercado = R$ 511,71

3 – Patrocínio de empresa parceira para expor sua marca nas sacolas “eco” que serão vendidas no supermercado = R$ 0,35 centavos/sacola
Média de sacolas “eco” vendidas por mês = 4.264 (5% dos clientes)
Valor total do patrocínio = R$ 1.492,50/mês

4 – Sorteio mensal (cortesia supermercado + patrocínio) = R$ 3.280,00 ou
Sorteio semanal de R$ 820,00



O projeto é basicamente influenciar os consumidores a não usarem sacolas plásticas para concorrerem a prêmios mensais em dinheiro ou vale compras. Custo que será coberto pela economia do supermercado com a compra de sacolas e através de patrocínio na venda de sacolas “eco”. No final todos saem ganhando, pois o supermercado vai ficar com cerca de 22% do que economizar com a compra de sacolas, o patrocinador vai ter sua marca exposta por um baixo valor, o cliente concorrera a prêmios e o planeta deixará de receber e o mais importante deixará de produzir milhares de sacolas plásticas.

Abaixo algumas reportagens em relação ao assunto e espero que o projeto/idéia possa ajudar de alguma forma a reduzirmos o consumo de sacolas plásticas.



Estado do RJ proíbe uso de sacolas descartáveis

por Alexandre Spatuzza — última modificação Aug 03, 2009 09:53 AM

tags: Reciclagem


Os legisladores fluminenses aprovaram projeto de lei que prevê a substituição das sacolas plásticas no estado por bolsas mais resistentes e um sistema de desestímulo ao uso de sacolas descartáveis, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro informou em comunicado.

Os deputados, no entanto, estenderam os prazos e trocaram o pagamento em dinheiro por um sistema de créditos de compras.

O projeto original previa que os estabelecimentos comerciais terão de seis meses a três anos para efetuar a substituição.

Os comerciantes que não cumprirem a lei serão obrigados a 'comprar' dos clientes as sacolas de plástico já usadas, dando a estes um vale-compra por cada sacola usada.

Os vales-compra poderão ser acumulados e permutados por produtos. Segundo o projeto, um quilo de arroz ou feijão poderão ser trocados por 50 sacolas entregues pelo cliente. O dono do estabelecimento também poderá pagar R$ 0,03 por sacola, qualquer que seja a procedência.



Setor de plástico contra-ataca e lança campanha milionária para defender sacolinhas

por Luís Paulo Roque — última modificação Sep 10, 2009 05:13 PM

tags: Reciclagem



Um grupo de entidades que representam vários elos do setor de plástico e petroquímico anunciaram que vão investir R$7 milhões em uma campanha de publicidade para incentivar a continuidade do uso de sacolas plásticas com ênfase no reuso e descarte que não agrida o meio ambiente.


A campanha, preparada pela agência de publicidade W/Brasil, foi encomendada pelo Instituto Plastivida, a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) e o Instituto Nacional do Plástico (INP), entidades mantidas por diferentes elos da indústria petroquímica.

"As sacolas plásticas são práticas, reutilizáveis, inertes e higiênicas" disse Francisco de Assis, presidente do Plastivida, que representa os grandes fabricantes de resinas plásticas e promove a reciclagem e o uso do plástico pela sociedade.

A decisão de deslanchar uma campanha a favor da embalagem plástica acontece em meio a uma crescente onda de aprovação de legislações municipais e estaduais proibindo o uso de sacolas descartáveis, bem como campanhas de grandes redes varejistas a favor da venda de sacolas reutilizáveis de pano e outros materiais.

Segundo o Plastivida, em 2007 foram utilizadas 17,9 bilhões de sacolas plásticas no Brasil. Em 2008, este número caiu para 16,4 bilhões, mesmo com o aumento nas vendas do varejo de 16,5% no mesmo período. Assis acredita que este número reflete o aumento da conscientização da população.

Segundo pesquisa encomendada pela indústria ao Ibope, e realizada em 2009, 100% dos consumidores reutilizam as sacolas recebidas nos supermercados como sacos para lixo doméstico, 69% acham que as sacolas são ideais para carregar compras e 7% preferem sacolas de pano às de plástico.

Para Assis, o plástico é indispensável para a vida moderna e os problemas causados ao meio ambiente não são resultados do uso do material em si, mas, sim, do descarte inadequado por falta de programas eficientes de coleta seletiva. Segundo ele, apenas 29% dos cerca de 5.500 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva.

"Tire os plásticos e verão as consequências danosas à vida das pessoas", disse.

Por isso, explicou Assis, a campanha vai focar não só na versatilidade da embalagem plástica, mas também a importância dos três Rs - redução, reutilização e reciclagem.

Outro ponto da campanha será criar uma demanda para a melhora na qualidade das sacolas distribuídas pelos varejistas, informando que existem normas para sua fabricação.

O INP é responsável pela fiscalização da qualidade, que, segundo Assis, é de extrema importância, já que existe a norma da ABNT 14.937 que deve ser seguida, evitando, assim, a produção com características inadequadas.

Para Alfredo Schmitt, presidente da ABIEF, o plástico apresenta muito mais soluções do que problemas, e a educação, uma dos aspectos focados na campanha, é um aliado na conscientização da população sobre a utilização adequada.

"A destinação incorreta é um problema de educação, e não de produção", concluiu Schmitt.

As entidades aproveitaram a coletiva de imprensa de lançamento para levantar a bandeira da geração de energia com a queima do plástico descartado nos centros urbanos. Assis salientou que 1 kg de sacolas plásticas gera a mesma energia que 1 kg de óleo diesel.

Segundo ele, a reciclagem energética, como é conhecido este processo, está sendo estudada por órgãos do governo e empresas. O Plastivida tem apoiado esta discussão.

Outro projeto proposto é o incentivo à criação de pontos de coleta de lixo nos bairros. Assim, a população descartaria seu lixo de forma seletiva.



Jundiaí obriga uso de sacolas degradáveis ou retornáveis

por Luís Paulo Roque — última modificação Aug 03, 2009 09:52 AM

tags: Reciclagem



Desde o dia 19 de junho, os estabelecimentos comerciais de Jundiaí, no interior paulista, terão de garantir que as sacolas distribuídas para seus clientes são degradáveis ou reutilizáveis, informou a Câmara Municipal do Município à Revista Sustentabilidade.

No final de 2008, o prefeito sancionou a Lei Municipal 7210/08, que exige o uso de sacolas feitas de materiais oxi-biodegradáveis, biodegradáveis ou sacolas de pano, com o prazo de seis meses para comércio adequar-se.

A multa por infringir a lei pode chegar a R$ 45 mil.

Além de Jundiaí, as cidades de Sorocaba, Piracicaba e Guarulhos e os estados do Espírito Santo, Goiás e Maranhão aprovaram leis que exigem o uso de sacolas biodegradáveis ou retornáveis.



» consumo consciente | 24/05/2010 - 17:57

Empresas premiam consumo consciente com promoções

Fonte: APAS

24/05/2010


Dispostas a estimular o consumo consciente no país, empresas de varejo adotam estratégias de marketing, promoções e benefícios para alavancar a venda de produtos e a incorporação de hábitos menos agressivos ao ambiente.

De acordo com a pesquisa “O Observador”, da financeira Cetelem em conjunto com a empresa de pesquisas Ipsos, apenas 4% dos consumidores brasileiros podem ser considerados conscientes, mas 20% são comprometidos – os conceitos levam em conta a adesão a hábitos como pedir nota fiscal, ler rótulos, usar material reciclado e optar por produtos orgânicos.

No mercado, porém, há consenso de que o consumo consciente é uma tendência - e, para acelerar as mudanças e marcar presença nesse novo cenário, algumas empresas oferecem descontos, atendimento preferencial e outras vantagens aos consumidores engajados.

No Walmart Brasil, quem não utiliza sacolas plásticas também ganha desconto - o abatimento é de R$ 0,03 para cada cinco itens comprados. Algumas lojas têm caixas preferenciais para esses clientes. Segundo a diretora de sustentabilidade da rede, Christianne Urioste, os benefícios foram criados como uma forma de incentivar a mudança de hábito.

De janeiro de 2009 a março de 2010, o programa concedeu R$ 688 mil em descontos e evitou o descarte de 22,8 milhões de sacolas. "A economia gerada pelo menor consumo de sacolas está sendo transferida para o cliente", avalia.

No Pão de Açúcar, o estímulo ocorre por meio do programa de relacionamento “Mais”. Ao dispensar as sacolas plásticas, o cliente ganha cinco pontos extras que podem ser trocados por vale-compras - cada 3.000 pontos valem R$ 20. "Vender a sacola retornável não é difícil, difícil é fazer com que o cliente a traga de volta nas próximas compras", diz o diretor de relações corporativas e responsabilidade socioambiental do grupo, Paulo Pompilio. Segundo ele, ao conceder um benefício real ao consumidor, o Pão de Açúcar consegue engajá-lo nas ações de redução de impacto.



15/03/2010
Em Washington, lei veta oferta de sacolas gratuitas


A rede Carrefour Brasil anunciou oficialmente hoje a intenção de eliminar até 2014, de forma gradual, o uso de sacolas plásticas tradicionais em suas lojas. Uma loja em Piracicaba, no interior de São Paulo, foi a primeira do Carrefour a aderir à iniciativa. Segundo a empresa, para estimular a troca das embalagens tradicionais na unidade de Piracicaba, serão distribuídas gratuitamente até o final deste mês sacolas retornáveis.

O Carrefour informou ainda que colocará à venda nas lojas outras opções de embalagens sustentáveis. Entre elas, a rede destaca uma sacola 100% biodegradável, desenvolvida em parceria com a Basf, produzida com base em uma resina especial derivada do milho, que pode se decompor em até 180 dias. Outras alternativas serão as sacolas retornáveis, com preços entre R$ 1,90 e R$ 15 00, além do oferecimento de caixas de papelão aos clientes da rede.

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo de sacolas plásticas tradicionais chega a 12 bilhões de unidades por ano. Em média, cada brasileiro utiliza em torno de 66 sacolas por mês. As embalagens tradicionais podem demorar até 400 anos para se decompor.

A ação do Carrefour de eliminação da utilização de sacolas plásticas tradicionais é realizada também na França, na China e na Polônia.



Fonte: Folha de São Paulo




Desde janeiro, entrou em vigor em Washington uma lei que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas no comércio. Quem não leva sua própria bolsa pode carregar os itens na mão ou pagar US$ 0,05 por sacola.
A lei não se restringe a supermercados e inclui também livrarias, lojas de roupas e de presentes. A expectativa dos grupos ambientalistas é que ela se torne uma referência para os Estados americanos. Esse tipo de lei é a primeira no país, embora San Francisco já tenha proibido as sacolas plásticas.
Dados da Agência de Proteção Ambiental dos EUA apontam para um volume de plástico desperdiçado em 2008 de 3,96 milhões, entre bolsas, sacolas e embrulhos. Menos de 1% desse total foi reciclado.
Grandes redes de varejo nos EUA, como CVS e Target, já começaram a premiar com dinheiro ou créditos a iniciativa de consumidores que carregam suas próprias sacolas reutilizáveis.

Em Nova York, a legislação exige que os varejistas que distribuem gratuitamente sacolas plásticas façam a reciclagem do material.
Algumas redes no Estado já cobram pelo uso das sacolas. Em qualquer supermercado de médio porte de Nova York, ao lado do caixa, existem sacolas reutilizáveis disponíveis para venda.

Em Seattle, recentemente o uso de sacolas de papel e de plástico passou a ser desencorajado, com a cobrança de US$ 0,20 por sacola.

Consideradas um símbolo do desperdício no consumo, as sacolas plásticas têm sido culpadas pela poluição nos oceanos e emissão de carbono.

A onda de criação de taxas de cobrança pelo uso vem se espalhando em algumas cidades do país desde 2007. O assunto já foi discutido em Estados como Connecticut, Maryland, Massachusetts, Texas e Virgínia.


Falta incentivo público para uso de sacolas biodegradáveis decolar

por paula2 — última modificação Aug 03, 2009 09:52 AM
tags: Reciclagem


A demanda em atacado por embalagens degradáveis ainda é limitada por falta de incentivo governamental e só decolará quando governos locais tomarem decisões políticas a favor do produto, apurou a Revista Sustentabilidade.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas (Abief) houve um crescimento de 2,5% na demanda por sacolas degradáveis no primeiro semestre de 2007 comparado com o mesmo período de 2006. Tal crescimento no entanto, já se estabilizou, declarou o presidente da Abief, Rogério Mani à Revista Sustentabilidade.

O Brasil consumiu 37 bilhões de sacolas plásticas em 2006, informou a Abief. Isso significa que cada um dos 190 milhões brasileiros consumiu 194 sacolas plásticos no ano passado. Mas a sacolas biodegradáveis representam uma parcela insignificante destes montante, disse Mani.

Tanto a indústria quanto o comércio culpam que o preço entre 10% e 15% mais reduz a demanda pelo produto mais amigável ao meio ambiente.

Uma recente decisão da rede de supermercados Pão de Açúcar de descontinuar uma experiência com sacolas degradáveis ilustra esta realidade .

"Foi um teste realizado pela empresa durante o ano de 2006, mas face à necessidade de maiores estudos e testes sobre a eficácia das mesmas e o real impacto sobre o meio ambiente, sua utilização foi suspensa", disse Adriano Brainer, assessor de imprensa da rede.

Além das sacolas 'tradicionais' de plástico, a rede agora vende sacolas retornáveis por R$ 3,99 com estampas de animais da fauna brasileira ameaçados de extinção.

O oposto ocorre em Curitiba, onde o governo municipal decidiu optar por sacolas degradáveis. A rede de mercearias municipal Armazém da Família trabalha com sacolas oxibiodegradáveis nas suas 23 lojas.

"A opção pelo uso dessas sacolas se deve à recomendação da Secretaria de Meio Ambiente", disse Vera Zardo, responsável pela Secretaria de Alimentação. A rede paga 3,3 centavos por sacola biodegradável, comparado com os 2,8 centavos que pagava por cada sacola comum.

Estes exemplos surgem em meio a um crescente interesse da população por produtos que causam menores danos ao meio ambiente. Lojas como a Tok&Stok já começaram a estudar o uso de embalagens recicláveis, embora ainda só use papel descartáveis para embalar presentes.

No entanto, uma maior conscientização da população tem gerado uma demanda incipiente. A Nobelplast, uma das mais de 100 empresas que fabricam embalagens plásticas comuns e oxibiodegradáveis, têm sentido uma demanda maior.

Um dos resultados desse interesse é um esforço de muitos legisladores para atender a esta demanda que estão propondo medidas que obrigam o uso de sacolas biodegradáveis ou oxibiodegradáveis no comércio local. Estados como Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e algumas cidades têm discutido leis que obrigam o uso de sacolas biodegradáveis ou oxibiodegradáveis.

POLÊMICA

Em São Paulo, no entanto, tanto o prefeito da capital Gilberto Kassab (DEM) quanto o governador do estado José Serra (PSDB) vetaram o projeto de lei. Eles alegaram que as sacolas oxibiodegradáveis causariam impactos ambientais invisíveis, pois necessitam de aditivos poluentes para acelerar o processo de degradação do plástico para 18 meses de uns 300 anos, das sacolas comuns.

O governo paulista argumenta que seria mais eficiente implementar programas de reciclagem para reduzir o envio deste plástico para o lixo, além de uso de bioplástico produzidos a partir de amido de milho ou cana de açúcar, que vêm sendo pesquisados nas universidades.

Mas parece que não há consenso. Do outro lado, existem posições científicas a favor do aditivo de plástico e uma visão de que a degradação mais rápida das sacolas também ajuda a decompor o lixo em geral nos aterros.

As sacolas oxibiodegradáveis são sacolas de plástico, ou seja de polietileno, que no processo de fabricação recebem um aditivo que acelera a degradação das moléculas do polímero. Com o aditivo as sacolas se decompõe em até 36 meses. Sem o aditivo a degradação no meio ambiente levaria mais de 200 anos.

Os aditivos mais usados são os importados: PDQ-H, BDA ou d2w. Segundo os fabricantes e a Associação Internacional de Oxi-biodegradabilidade (OXOBIO), o produto da degradação são moléculas facilmente absorvidas por bactérias no solo.

Na Europa, os produtos oxibiodegradáveis são bastante usados e têm certificação internacional garantindo que não migram para alimentos. "O FDA (Food and Drugs Administration que certifica produtos no Estados Unidos) aprova. Como no Brasil é uma tecnologia que está chegando agora, não foi certificado ainda, está em processo de testes em laboratórios certificados pela ANVISA e dentro de seis meses essa tecnologia também será certificada nacionalmente", disse Michael Ktist, sócio-proprietário da GMCJ, empresa que importa o PQD-H e o BDA.

Já as sacolas biodegradáveis são feitas de diversos materiais como o amido de mandioca, milho ou batata, além das que usam proteínas, celulose e óleos vegetais. Segundo pesquisadores, o material resultante se deteriora pela ação de microorganismos em contato com o solo em um período de 40 a 120 dias.

O bioplástico é composto de polímeros diferentes do polietileno.

No Insituto de Pesquisa Tecnológica da USP (IPT) está sendo pesquisado um bioplástico derivado de cana da açúcar. A diferença é que ao ser degradado, o biopolímero solta apenas gás carbônico (CO2) e água. "Ele libera o CO2 que a cana mesmo tinha capturado, por isso não há nenhum gás a mais, só o que ele captou quando cana", explicou Maria Filomena, pesquisadora do laboratório de biotecnologia do IPT .

Já existe no Brasil uma empresa que está fazendo testes-piloto de produção do bioplástico, a PHB Industrial, mas a pesquisa de Filomena ainda caminha para uma aplicação industrial.

"O IPT dá as alternativas e a indústria estuda as aplicações. O IPT produz a resina e a indústria reproduz em escala maior", lembrou Filomena.

No entanto, o custo de fabricação de bioplásticos pode ser bem mais alto . "É um investimento de custo elevado, chegando a ser até cinco vezes mais caro", afirmou à Revista Sustentabilidade Beni Adler, diretor da Nobelplast.

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